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sábado, 11 de setembro de 2010

inseparável!




O farfalhar das folhas no balanço do vento, a lua em contraste com a imensa escuridão e o silêncio pairando no ar.
Aos pouco o ar da noite foi ficando mais gelado, conforme a minha ansiedade aumentava descobri depois, e meus dedos tamborilavam pelo beiral da janela.
De repente senti como se uma corrente eletrica tivesse passado por mim. Um arrepio percorreu a minha espinha e todos os pensamentos se esvaíram de minha mente. As paredes do meu quarto começaram a girar e um novo aroma invadiu o ar. Uma mistura de terra molhada, com flores desabrochando em plena primavera e uma maresia delicada. O que poderia ser aquilo? Uma luz muito forte me forçou a fechar os olhos, então não pude ver o que estava acontecendo.  Quando pude abri-los novamente, o que eu vi foi apenas o céu cheio de estrelas piscando incansavelmente. Centenas de dúvidas surgiam em meio aos meus pensamentos mas era impossível prestar atenção nelas, pois nequele instante uma brisa carregada com pétalas rodopiou ao meu redor. Uma linda praia de aguas cristalinas surgiu à alguns metros de mim. As ondas batendo de leve nas pedras; elas iam e vinham, como se me convidassem para segui-las. Quando dei um passo, na direção da água as pequeninas pétalas, que me pareciam ser de cerejeira, dançaram no ritmo das ondas.  E eu não me contive em dar um mergulho naquela água… o luar iluminando meu corpo, a calmaria do mar ao meu redor, e meus cabelos molhados caindo em ondas abaixo da cintura. Fiquei imaginando em como eu poderia ficar assim para o resto da vida, sem ter que me preocupar com nada. Como eu queria que meus sonhos se tornassem realidade… como eu queria que ele estivesse ao meu lado nesse momento…
Um assovio do vento e algo roçando de leve meu rosto tirou-me de meus devaneios. Naquele lugar, tudo era surreal e assim que abri meus olhos, avistei na areia, uma sombra. De inicio me assustei, mas assim que a lua iluminou a face do desconhecido logo percebi que era Diego. Ele estava sentado na areia da praia e quando viu meu olhar disse meu nome. Ele devia estar a uns cem metros de onde eu me encontrava, mas mesmo assim a brisa trouxe até mim o seu sussurro, que me envolveu delicadamente.
Caminhei até a água chegar apenas à minha cintura. Ele se levantou e caminhou até a seus pés tocarem a àgua. Ele tirou a camiseta e deu um mergulho. Não o vi por alguns segundos até que suas mãos envolveram meus ombros e me giraram de frente para ele. Eu me encostei em seu peito nu, e seus lábios tocaram os meus e eu senti uma corrente elétrica percorrer todo o meu corpo.
A noite escureceu e eu pensei ser apenas a lua sendo coberta pelas nuvens. Fiquei ali, abraçada com Diego, aproveitando o momento. Ele tocou meu rosto e me ofereceu uma linda tulipa vermelha. Eu pude sentir aquele aroma delicioso e quando abri os olhos estava novamente em meu quarto.
As lágrimas de felicidade desciam pelo meu rosto, e eu mal podia esperar para que ele voltasse de sua viagem. Nada poderia nos separar então.
Nada.

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