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sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Estradas...

Sempre correndo pela longa estrada da vida.
Tentamos segurar o tempo, mas ele nos escapa e nós nem percebemos. Quando nos damos conta, vemos que o que era futuro se tornou presente, e o presente já é  o passado. Nada era o que era. As sombras refletidas no lago, a lua oculta pelas nuvens, a brisa levantando do chão as folhas mortas...
Sempre busquei alcançar o inalcansavel, embora não pensasse assim. Os raios de Sol quente nos obrigam a permanecer ocultos sob as sombras da floresta.
Não somos nada sozinhos e vazios. O que aprendemos é o que recebemos das nossas companhias e o que recebemos é o que nos fez escolher o certo. Agora, o que me resta, são as lembranças e os ensinamentos adquiridos.
Quando estou longe sinto-me triste pois já não sou nada. Toda a razão de estar aqui, é reencontrar o meu amigo, que já não vejo a um tempo. Nada mais ficou como deveria ficar. E cada segundo que passa, sinto as pulsações lentas queimar minhas veias enquanto lutam para continuarem batendo até o momento certo, depois, elas estão livres para desistir. Não derramarei uma lágrima quando um possível fim vier. As estrelas brilharão mais, o Sol será mais quente e a brisa mais fria. Tudo o que fiz e tudo pelo que lutei ficará esquecido como um simples grão de areia, que nunca faz diferença.
Por ser tão pequena me tornei tão imensamente confusa? Tudo está como deveria, e eu só posso sorrir.
Não desisto antes de ver que a derrota iminente chegou, e mesmo que eu a veja distante e se aproximando rapidamente, não deixo de olhar para frente, erguer a cabeça e bater de frente com ela. Do que me adiante desistir antes do fim? O fim não chegará e será tão cruel como se eu o enfrentasse, ou talvez fosse até mais. Não me importa, o que eu sei é que se desisto, me amarrem na cama e me deixem ali, sem fazer nada, porque isso significa que a vida perdeu o sentido e nada mais me importa...

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